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Acordo entre Mercosul e UE: o que esperar para a pecuária?

Após 20 anos de negociações, finalmente o Brasil dá um passo importante na abertura de mercado

O Mercosul – ou Mercado Comum do Sul – é um bloco econômico criado em 1991, formalizado em um acordo conhecido com Tratado de Assunção.

Tem como membros o Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia e a Venezuela, que é o 6º membro, mas desde 2016 está suspenso do Bloco por divergências na política econômica do país.

Este acordo é considerado “marco histórico no relacionamento” entre os dois blocos pelo Ministério da Economia, porque juntos, eles representam cerca de 25% do PIB mundial, em um mercado de 780 milhões de pessoas que passarão a ter acesso a produtos mais baratos de forma gradativa nos próximos anos.

Os benefícios serão expressivos, como isenção de tarifas em produtos agrícolas e industrializados. Contudo, o acordo é ainda mais amplo: outros setores de natureza regulatória como serviços, compras governamentais, medidas sanitárias e propriedade intelectual também terão seus preços livres de taxação.

Na prática, os produtos brasileiros como suco de laranja e café solúvel terão suas tarifas eliminadas. Além disso, os exportadores no Brasil ampliarão o acesso por meio de quotas para carnes, açúcar e etanol, entre outros produtos.

Mas a pergunta que o pecuarista deve estar se fazendo nesse momento é: o que isso muda na pecuária?

Na verdade, ainda é cedo para prever os impactos na produção de carne brasileira. Mas o fato é que países pertencentes ao Mercosul como o Brasil terão uma cota de 99 mil toneladas de carne bovina com tributação de 7,5%, sendo distribuídas em 55% de carnes refrigeradas e 45% congeladas.

Veja quem são os maiores produtores de carne no mundo

Já para os que estiverem dentro da Cota Hilton – que até então estabelecia benefícios fiscais através de redução da taxa cobrada pela UE em 20% – a tributação será zerada para a entrada de carne nos países europeus.

Outro ponto que parece ser benefício à produção de carnes no Brasil se dá no contexto das medidas sanitárias e fitossanitárias entre os blocos.

Deve haver uma simplificação dos processos administrativos, que tende a facilitar o comércio de carne para os países europeus e driblar algumas barreiras sanitárias impostas até então por eles.

Como uma última análise, independentemente dos resultados imediatos que o acordo pode gerar no mercado de carne interno e externo, uma coisa é certa: ele já sinaliza um movimento do Brasil na busca de ampliar a participação no comércio internacional.

Portanto, é um bom sinal para os pecuaristas que estão interessados em entrar nesse mercado, oferecendo produtos de maior valor agregado e diversificando a oferta de carne para outros compradores.

Esperamos que este conteúdo tenha sido bem útil para você e antes de nos despedirmos por hora, deixamos aqui um material também gratuito para você baixar:

Baixe o infográfico: Exportações de carne bovina por principais portos

Até a próxima e bons negócios!

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